As publicações periódicas que se editam em esperanto são talvez o mais fiel retrato da variedade e diversidade que a utilização do esperanto detém hoje em dia. Ocupam um lugar importante os boletins, ou mesmo revistas editados por Associações de Esperanto de vários países -- onde influem na qualidade e prestígio do periódico não apenas o vigor em geral da vida associativa e do desenvolvimento do esperanto nesse país, mas também factores económicos, culturais e políticos.
Há também os órgãos das associações internacionais e ainda alguns títulos independentes de distribuição global, assinados e lidos por esperantófonos do mundo inteiro. Naturalmente, enquanto que algumas destas publicações se dedicam a informar sobre o que se passa no seio do movimento esperantista -- veiculando notícias de actualidade, crónicas e debates de estratégia e planeamento, e informação de natureza histórica --, outras cobrem uma temática mais geral, onde o esperanto é não já o tema principal, mas apenas o veículo para uma informação mais vasta: em esperanto mas não necessariamente sobre esperanto.
Outras publicações periódicas em esperanto, inserem-se geralmente numa temática mais especializada ou apoiam-se num grupo-alvo mais definido; revistas para jovens, ferroviários ou amantes das palavras cruzadas são apenas alguns exemplos...
As emissões de rádio em esperanto já não são novidade, havendo algumas estações que as mantêm há várias décadas. Trata-se geralmente de emissões em ondas curtas, dada a necessidade de cobrir uma muito vasta área; os problemas de captação desta forma de radiofonia tem sido recentemente facilitados pela utilização das frequências subportadoras de satélites de televisão. É de referir que a R.D.P. Internacional manteve um programa em esperanto entre 1976 e 1980. Além destas emissões, geralmente da responsabilidade de Rádios governamentais, existem também programas em esperanto, emitidos por rádios locais em FM, com uma cobertura muito localizada.
A sede de comunicação que o esperanto insufla nos seus falantes não se mitiga porém com emissões num só sentido. O gosto pela troca de opiniões e informações diversas faz da correspondência em esperanto uma das mais populares actividades dos falantes desta língua, havendo um tráfego muito intenso de cartas e postais entre particulares, e abundam as rubricas de pedidos de correspondência nos jornais e revistas em esperanto.
O ciberspaço não é um meio novo para o esperanto: de facto, já há largos anos, muitas centenas de esperantistas digitam nas diversas redes de computadores (fidonet, compuserve, bitnet, earn, internet) que tão recentemente se "fundiram" num todo interligado.
Para os esperantistas, habituados a usar uma língua sem barreiras, a internet é o elemento que faltava para uma comunicação verdadeiramente global -- tanto através do correio electrónico (e-mail), dos fóruns de notícias (newsgroups), ou de outros protocolos mais frívolos, como os IRC -- Várias bibliotecas e museus de esperanto têm já os seus catálogos diponíveis na WWW, e quase um terço dos cerca de trezentos periódicos em esperanto estão ligados a uma agência noticiosa que funciona por correio electrónico.
Além disso, a internet possibilita, a um custo reduzido, a disponibilização ao público de uma grande quantidade de informação, desde cursos por e-mail até "conferências de imprensa" virtuais, permanente e constantemente actualizadas.
Eis alguns pontos de partida para navegação na WWW.
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